loader image
Tecnologia e Finanças

Crise bancária nos Estados Unidos é mais ampla do que se imagina e pode atingir o Brasil?

Vários bancos regionais nos Estados Unidos estão enfrentando queda nas ações e retiradas de depósitos por parte dos clientes, aumentando os temores de uma possível crise financeira mais ampla.

A apreensão inesperada de dois bancos em três dias pelos reguladores intensificou ainda mais essa preocupação, levando as ações de mais de duas dúzias de bancos a uma queda livre na segunda-feira.

Entenda a crise dos bancos nos EUA e no mundo

Entendendo a crise bancária nos EUA, é importante notar que vários bancos em todo o país e em outros estão enfrentando turbulência do mercado.

De acordo com o Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), havia cerca de 5 mil bancos comerciais nos EUA em 2021.

No entanto, esse número pode ter mudado devido a fusões, aquisições e falências de bancos ao longo do tempo.

 Em comparação, o Brasil tinha 120 bancos comerciais em janeiro de 2023, incluindo bancos públicos, privados nacionais e estrangeiros.

Governo dos EUA ajudam os bancos em crise

O presidente dos EUA, Joe Biden, garantiu aos americanos que o sistema bancário era resiliente e que os recursos dos clientes estavam seguros.

O tesouro dos EUA socorreu o mercado financeiro com US$ 25 bilhões para acalmar os investidores.

Apesar da queda das ações dos bancos tenha sido expressiva, os reguladores e funcionários bancários afirmam que o pânico atual é contido e que os bancos cujas ações despencaram tinham fundos suficientes para cumprir suas obrigações.

No entanto, a recente quebra de bancos regionais nos EUA foi afetada por rumores de instabilidade financeira, incerteza do mercado e saques de depósitos por parte de clientes preocupados.

quedas dos bancos e bolsa
Colapso do Silicon Valley Bank

Quedas nas ações e quebradeira total regional sem precedentes.

O jornal The New York Times cita exemplos de bancos como Charles Schwab, Western Alliance, PacWest Bancorp e Zions, que tentaram acalmar as preocupações dos investidores e depositantes, enfatizando sua estabilidade financeira e acesso a recursos como empréstimos do Federal Reserve.

A publicação também ressalta a importância dos bancos regionais para apoiar as empresas locais e fornecer serviços de gestão de patrimônio e private banking.

O Federal Reserve anunciou que conduziria uma revisão da supervisão do Silicon Valley Bank e decidiu fechar o Signature Bank.

Embora esses acontecimentos possam ter aumentado a apreensão dos investidores e depositantes, o governo dos EUA continua garantindo a segurança do sistema bancário e proteção dos depósitos dos clientes.

Saiba mais um pouco sobre a crise dos bancos no mundo.

A crise dos bancos no mundo é um problema que tem sido enfrentado em várias partes do planeta, especialmente desde a crise financeira de 2008.

Essa crise global foi desencadeada pela bolha imobiliária nos Estados Unidos, que acabou afetando todo o setor financeiro mundial.

Desde então, vários países têm enfrentado crises bancárias, que podem ser causadas por diversos fatores, como a especulação, a falta de regulamentação adequada, o endividamento excessivo dos bancos e até mesmo fraudes financeiras.

Essas crises bancárias podem ter consequências graves para a economia dos países, uma vez que os bancos têm um papel fundamental no sistema financeiro, intermediando recursos entre poupadores e investidores.

Quando os bancos enfrentam problemas financeiros, isso pode levar a uma diminuição do crédito disponível, o que pode afetar o consumo, o investimento e o crescimento econômico.

Além disso, as crises bancárias podem levar à perda de confiança dos depositantes nos bancos, o que pode gerar uma corrida aos bancos e a retirada de depósitos, piorando ainda mais a situação financeira das instituições.

Por isso, é fundamental que os países tenham mecanismos eficazes de supervisão e regulação do sistema financeiro, bem como sistemas de garantia de depósitos, que protejam os depositantes em caso de falência bancária.